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Greve nos Correios pode acelerar privatização
Por Olimpio Araujo Junior - Founder GestordeMarketing.com
Em pleno período de isolamento social, onde a maioria das empresas dependem das vendas on-line e consumidores precisam receber produtos em suas residências, novamente os Correios entram em greve.

As alegações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) são baseadas em direitos trabalhistas que foram retirados, e que segundo eles, está acontecendo uma negligência da empresa em relação a saúde e a vida dos trabalhadores devido a pandemia de COVID, mas essas são apenas desculpas para o verdadeiro motivo: a possível privatização dos Correios.
Porém, o que a maioria dos trabalhadores manipulados pelos sindicatos não percebem, é que a greve deve acelerar ainda mais o processo de privatização.
A privatização é um fato, ela vai acontecer querendo os sindicatos ou não, mas para isso, ela precisa ser aprovada pelo congresso e pelo senado. Como todos sabemos, para que nossos deputados e senadores aprovem qualquer lei ou medida, precisam de apoio ou pressão popular, e é exatamente isso que a greve deve gerar.
Tanto a população como os empresários, já estão há muito tempo descontentes tanto com os serviços prestados pelos Correios, como pelos constantes casos de corrupção envolvendo a ala política da empresa, e por isso devem ficar ainda mais favoráveis a privatização a partir desse momento.
Outro ponto importante é que a greve prejudica principalmente micro e pequenas empresas que dependem de seus serviços, pois os grandes varejistas já utilizam há bastante tempo estrutura de logística própria ou terceirizada com empresas privadas.
As manifestações nas redes sociais à favor da privatização que já eram maioria, agora começam a ganhar cada vez mais força, e quanto mais tempo os trabalhadores dos Correios ficarem de braços cruzados, maior será o descontentamento popular.
Estamos em vésperas de eleições municipais, e o debate sobre as eleições para o congresso e senado já começou. Todos os políticos querem garantir suas cadeiras e por isso devem acompanhar a vontade popular, e não a pressão de um pequeno grupo de sindicalistas.
